segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Espirito da Noite

Há quem me veja!
Medo talvez sintam de mim, pois olho e caminho por qualquer lugar.
Quando você menos espera estou te observando com o brilho da lua.

Não tenho forma e nem aparência, simplesmente existo.
Marco minha presença com os ruídos dos ventos noturnos e barulhos penumbrosos de passos sem rumo.
Deixo rastro de solidão e frieza.
Mexo com seus pensamentos, sentimentos e emoções.
Uma criatura que nem todos gostam de saber que esta ao lado.

Muitas vezes chamam e clamam por mim, pois comigo não há quem veja seus atos sombrios e até mesmo desvairados que ocorrem sem o pensamento sobre qualquer conseqüência.
Nisso você esquece que há uma testemunha, que estou aqui passando um grande manto escuro sobre ti com a mais calma e sutileza, cobrindo aquilo que você não tem coragem de fazer a luz do dia.

Inspiro a tristeza, uma grande escuridão vasta que esconde sentimentos como uma flecha atirada sem caminho traçado.
As estrelas são minhas lagrimas que não irei deixar cair, eu as seguro e mesmo que uma escorregue, sua ingratidão não merece tal ato.
Por que as tenho?
Não sou forte o suficiente para esquecer o que vejo, nem um grande sábio que tem em sua mente as respostas para a convivência no universo seria capaz.

Cada ponto brilhante em meu rosto não me deixa esquecer o quanto são todos em vão.
Recomponho-me com o sentimento de pena pela ignorância destes seres e sem ressentimento volto ao meu lugar.



Postado em 14/09/2004 às 08:19

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